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Manifesto à categoria: a resposta se faz com organização e unidade
Talvez, há muito tempo, não vivêssemos um período tão duro.
Demissões recentes de garis por participarem de greves, tentativa de
demissão de um professor que expôs suas opiniões nas redes sociais,
intimações de manifestantes para comparecer a delegacia, descontos por
quase 1 ano de educadores grevistas da rede municipal, punições e
perseguições nas escolas, acusação por “formação de quadrilha armada” e
“corrupção de menores” (com pena de até 8 anos de prisão) para três
professores da rede estadual por participarem das greves e lutas
populares de 2013 e 2014, aprovação do projeto de terceirização,
repressão violenta às greves da educação no Paraná, em São Paulo, em
Goiás, em diversas regiões do Brasil. Cresce a onda conservadora, as
políticas de extermínio e repressão, ao mesmo tempo que assistimos a uma
crise dos antigos aparelhos sindicais que não conseguem dar uma
resposta concreta e eficaz a tudo isso.
Infelizmente, mesmo sendo um protagonista do levante popular de
2013, o SEPE também encontra-se hoje neste silêncio e burocratismo. Após
a Greve Unificada da Educação de 2014, centenas de trabalhadores da
educação passaram a ser atacados e perseguidos através de descontos
salariais, perdas de lotação e origem nas escolas, perdas de turmas,
demissões, como é o caso recente do professor Breno (que retornou,
através de uma liminar, ao trabalho) ou até mesmo prisões e julgamentos
criminais, como é o caso dos professores Filipe, Rebeca e Pedro,
presentes na lista dos 23 presos e perseguidos políticos encarcerados e
caçados nas vésperas da final da Copa e que se encontram hoje em
“liberdade provisória”, às portas do pronunciamento da sentença do Juiz
Flávio Itabaiana, que acontecerá em breve.
Para além das eleições que ocorrerão no nosso sindicato –
respeitando todas as posições -, é preciso dar uma resposta imediata a
todos estes graves acontecimentos, que não se resuma a intervenções de
caráter meramente jurídico. Em reunião de direção, no dia 8 de Maio,
esta vetou a proposta apresentada por membros da base de realização de
uma assembleia extraordinária no dia 14 de Maio para debater todos os
casos de perseguição política.
Descontentes com esta decisão e vendo a urgente necessidade de
prestar solidariedade a todas e todos os perseguidos, tirando políticas
para apoiá-los e para enfrentar esta dura conjuntura, decidimos convocar
esta Plenária de Educadores perseguidos políticos: descontados,
processados, presos e demitidos. Nosso intuito não é fazer qualquer tipo
de propaganda eleitoral ou boicote ao nosso sindicato, pelo contrário,
mas unir todos os perseguidos desta categoria para traçar um caminho de
lutas e resistências, que seja efetivamente propositivo e construtivo.
Perseguidos políticos que assinam o manifesto:
Rebeca de Souza - Professora Reg. III
Filipe Proença - Professor Reg II
Pedro Guilherme - Professor Reg I
Guilherme Santana
Vivian Fraga
Roma Lemos - Professora Reg III
Camille Ribeiro
Andreia Vieira
Cleiderman Braga
Thiago Barbosa
Fátima Campilho
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