ATO PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
DIA 7, SÁBADO,ÀS 10:30 H, NA PRAÇA DA CRUZ VERMELHA
8 DE MARÇO: DIA
INTERNACIONAL DA MULHER
Durante muitos anos se veiculou
que o 8 de março –Dia Internacional da Mulher-se devia ao incêndio provocado em
uma fábrica em Nova York (1908), onde se reuniam operárias em greve contra as
más condições de trabalho, levando à morte muitas delas. Hoje sabemos que, ao
contrário da versão vitimista e sofredora, a origem do dia está nas lutas das
mulheres russas, que em 8 de março de 1917 saíram às ruas de Petrogrado, precipitando
a Revolução Russa. Durante os primeiros anos a data era comemorada como Dia
Internacional da Mulher Comunista.
Essa versão escondida por tanto
tempo confirma o papel ativo preponderante das mulheres que lutaram nas
revoluções e continuam no presente lutando em seu dia a dia, apesar de ainda
não terem o devido reconhecimento. São maioria na população, mas as mais
afetadas pela pobreza, precarização e informalidade no trabalho, além de outras
situações de opressão e discriminação.
Apesar de ocuparem vários postos
de trabalho antes “masculinos”, as mulheres ainda ganham salários menores que
os homens e muitas têm de enfrentar a dupla jornada dificultada pela falta de
creche nos locais de trabalho ou próximas a sua moradia. Lutam pelo parto
humanizado no SUS e contra o excesso de cesáreas no setor privado, lembrando
ainda as complicações geradas por abortos mal realizados, por pessoas sem
qualificação, que podem resultar na morte de mulheres pobres, já que o aborto é
tratado como crime e não como caso de saúde pública. O assédio sexual e moral
tem afetado sua saúde e a assistência à mesma está cada vez mais precária
devido ao desmonte e privatização dos serviços públicos. A desvalorização da
educação pelos governos também afeta mães e profissionais.O machismo, a
discriminação sexual e racial e a violência contra as mulheres suscitam muita
discussão, pois ainda estão presentes, independentemente da classe social ou
nível cultural, mesmo existindo leis protetoras.
Assim como as companheiras russas
que saíram às ruas e deram início à
revolução, nós mulheres latino-americanas revolucionamos nosso dia a dia
com a resistência a um sistema patriarcal
que discrimina, oprime a mulher e usa o seu corpo como mercadoria com o apoio
da mídia (que o diga a Globeleza); a um Estado que retira de nós , nossos
filhos e familiares o direito à saúde e educação públicas e de qualidade, à moradia, à cultura, ao
transporte, ao lazer, desviando a verba pública para obras e serviços desnecessários e para suas contas
privadas; que mata os mais pobres nas favelas e periferias todos os dias, como
nos Complexos do Alemão e da Maré, mais recentemente. Ressalta-se a importância
da Comissão de Pais e Familiares dos Presos e Perseguidos Políticos que mostra
a justeza da luta de seus filhos, juventude combativa que enfrenta nas ruas o
Estado fascista.
Nossa luta é diária e necessária
não só pela sobrevivência, mas contra a principal opressão que é a do Estado a serviço do capital, fonte
de todas as demais.
VIVA O DIA
INTERNACIONAL DA MULHER !
VIVA A FORÇA FEMININA
NAS LUTAS DO CAMPO E DA CIDADE!
LIBERDADE AOS PRESOS
POLÍTICOS E FIM DE TODOS OS PROCESSOS!
MARÉ RESISTE!
MUDI – Movimento de
Moradores e Usuários em Defesa do IASERJ/SUS
FIST – Frente
Internacionalista dos Sem Teto
FIP – Frente
Independente popular
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