terça-feira, 28 de junho de 2022

Em audiência pública sobre 'manual', governo refuta aborto como questão de saúde pública e diz que todos são 'crime', especialistas rebatem

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/06/28/em-audiencia-publica-sobre-manual-governo-refuta-aborto-como-questao-de-saude-publica-e-diz-que-e-todos-sao-crime-especialistas-rebatem.ghtml

OBS.:  A matéria no link acima contém vídeos sobre o tema, não possível de visualizar neste blog, recomenda-se que se visite a fonte da reportagem para assistir aos vídeos.

Em audiência pública sobre 'manual', governo refuta aborto como questão de saúde pública e diz que todos são 'crime', especialistas rebatem

Reunião foi realizada quase duas semanas após Ministério da Saúde publicar documento controverso com informações apontadas por especialistas como incorretas sobre o direito ao aborto legal no Brasil.

Por g1


Audiência pública do Ministério da Saúde discute cartilha que ignora abortamento legal. — Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Audiência pública do Ministério da Saúde discute cartilha que ignora abortamento legal. — Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

O Ministério da Saúde realizou nesta terça-feira (28) uma audiência pública para discutir a cartilha editada pela pasta que, na visão de especialistas, ignora o estatuto legal do abortamento no Brasil ao alegar que 'todo aborto é crime'.

Diretriz do Ministério da Saúde diz que todo aborto é crime, e motiva audiência pública em Brasília

"Nós primamos, hoje, por ouvir os dois lados. É importante dizer que nós chamamos cerca de 24 pessoas ou instituições, de forma bem pareada", alegou o Secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Câmara.

Durante sua fala, Câmara porém negou que o aborto representa um grave problema de saúde pública.

O que é aborto legal

O que é aborto legal

"A gente precisa discutir o que é um grave problema de saúde pública. [...] Se você interpretar qualquer doença que provoca morte como um grave problema de saúde pública, ok. Mas essa discussão a gente tem que fazer", disse Câmara.

O Ministério da Saúde alega que a audiência pública visava aprimorar o manual intitulado "Atenção Técnica para Prevenção, Avaliação e Conduta nos Casos de Abortamento", editado pela pasta.

A cartilha, assinada por Câmara, sugere que “não existe aborto ‘legal" e defende que os casos em que há “excludente de ilicitude” sejam comprovados após “investigação policial”, informações que, segundo especialistas ouvidos pelo g1, estão em desacordo com a com a atual legislação e que ferem a autonomia da mulher.

O Secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Medeiros Parente, na audiência pública desta terça-feira (28). — Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

O Secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Medeiros Parente, na audiência pública desta terça-feira (28). — Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Ribeiro não chegou a participar da audiência, mas a reunião contou com a presença de diversos representantes ideologicamente contrários ao direito ao aborto, como deputados bolsonaristas.

Na audiência, a deputada federal Chris Tonietto (PL/RJ) chegou afirmar que o aborto é "sempre um homicídio" e que é escandaloso considerar como "uma conquista de direitos humanos o assassinato de bebês".

Na mesma linha, a deputada estadual de São Paulo Janaina Paschoal (PRTB) alegou que é "absolutamente incoerente" interromper gestações oriundas de estupro em fases avançadas e disse que concorda com o Ministério da Saúde em estabelecer um prazo limite para a realização do aborto e em estabelecer uma notificação do estupro.

A lei brasileira porém permite a interrupção da gravidez em casos de estupro, risco de morte da mulher e fetos com diagnóstico de anencefalia. Segundo a legislação, o aborto não deixa de ser legal após 20 semanas de gravidez e o Código Penal não fixa prazos.

Representante do movimento Brasil sem Aborto, a professora e farmacêutica Lenise Garcia também afirmou que o documento do Ministério da Saúde é "esclarecedor" e que vem sendo atacado "indevidamente". Ela chegou declarar inclusive que depois de 22 semanas de gestão o aborto seria um "feticídio".

Representante da Fiocruz, José Paulo Júnior, afirmou que, na fundação, é seguida a lei e reconhecido o direito que a paciente tem de ter sua gestação interrompida, quando há risco de vida materno, quando há situação de estupro e quando há anencefalia.

"É nessa lógica que trabalhamos na Fiocruz: a mulher é o centro, a mulher é a definidora dos seus direitos, desde que ela receba uma informação de qualidade e essa informação se traduza numa melhoria de tomada de decisão”, pontuou José Paulo Júnior.

'Não existe crime de aborto legal'

Na contramão dos representantes do ministério e de outros políticos que insistiram em dizer que "todo aborto é crime, como consta na própria cartilha, a representante da Defensoria Pública da União e coordenadora do Grupo de Trabalho Mulheres, Daniela Corrêa Jacques Brauner rebateu o conceito.

“Não existe crime de aborto legal. Se a lei diz que não é crime, não podemos afirmar em linguagem técnica e errônea que é", também explicou Daniela Brauner.

"A cartilha do Ministério da Saúde não pode induzir que a realização do aborto, no estrito parâmetro legal, seja possivelmente uma ação criminosa, sob o ponto de vista técnico e também sob o ponto de vista de colocar dúvida naquele profissional se ele está agindo dentro da lei ou não", acrescentou a representante da Defensoria Pública.

Outra voz crítica ao ministério foi a do representante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Osmar Ribeiro.

“O Ministério da Saúde esteve conosco sempre em todos os fóruns. A partir de 2016, quando a coisa estava mais ou menos estabilizada, demos umas paradas nos fóruns e não tivemos mais discussões junto ao ministério. Achamos muito estranho neste momento não estarmos participando junto ao Ministério da Saúde, já que o ministério sempre diz que trabalha com aspectos técnicos, e a comissão nacional especializada, já formada por um grupo muito diferenciado, sem viés político, essa comissão não foi convidada a participar desse novo manual”, afirmou o representante da Febrasgo.

Cartilha do Ministério da Saúde diz que 'todo aborto é crime' e defende 'investigação policial'; entenda  — Foto: Reprodução

Cartilha do Ministério da Saúde diz que 'todo aborto é crime' e defende 'investigação policial'; entenda — Foto: Reprodução

Na semana passada, ao blog da Andréia Sadi, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também disse que o governo não mexeria em questões previstas em lei, pois isso não era uma questão de saúde – mas que o secretário Câmara pretendia debater os critérios do aborto legal para, por exemplo, orientar hospitais.

“Queremos ajudar os hospitais a como procederem, em casos de aborto legal, e estudar a epidemiologia do aborto, para tratar as causas”, afirmou.

Depois da audiência desta segunda, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, afirmou que deve apresentar uma nova versão da cartilha do Ministério da Saúde em até dois meses, com as sugestões apresentadas.

Aborto legal: 4 em cada 10 mulheres têm que viajar para fazer procedimento

Aborto legal: 4 em cada 10 mulheres têm que viajar para fazer procedimento 

 

FIM!

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Redes de farmácias nos EUA limitam compra de contraceptivos de emergência. - Título da matéria em inglês: Amazon and Rite Aid limiting purchases of emergency contraception

 FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/redes-de-farmacias-nos-eua-limitam-compra-de-contraceptivos-de-emergencia/

 

Redes de farmácias nos EUA limitam compra de contraceptivos de emergência

Aumento na demanda após reversão do direito ao aborto no país coloca pressão nos estoques disponíveis em farmácias

Reversão do direito ao aborto nos EUA provoca aumento da demanda por métodos contraceptivos de emergência
Reversão do direito ao aborto nos EUA provoca aumento da demanda por métodos contraceptivos de emergência Reprodução

Virginia LangmaidNaomi Thomasda CNN

Algumas grandes redes de farmácias nos Estados Unidos estão limitando a compra de contraceptivos de emergência em até três comprimidos por cliente, confirmaram representantes das empresas à CNN.

“Devido ao aumento na demanda, neste momento estamos limitando a compra de pílulas contraceptivas Plan B (nome adotado nos EUA para a ‘pílula do dia seguinte’) em até três por cliente”, disse Alicja Wojczyk, gerente sênior de comunicação externa da rede Rite Aid.

Apesar de a CVS ter “amplo estoque” de Plan B e Aftera — dois tipos de contraceptivos de emergência –, a empresa está limitando as compras para “assegurar o acesso igualitário e consistente ao estoque nas prateleiras das lojas”, segundo relatado por Matt Blanchette, gerente sênior de comunicação comercial da CVS Pharmacy.

Contraceptivos de emergência reduzem o risco de gravidez após relações sexuais desprotegidas, de acordo com o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG). Exemplos de situações comuns em que são usados são após o esquecimento de pílulas anticoncepcionais, ou quando o preservativo utilizado se rompe. Em casos de estupro e assédio sexual, podem ser usados para prevenir uma gravidez indesejada decorrente da violência.

O limite de compra de contraceptivos de emergência vem após a Suprema Corte dos EUA ter derrubado a decisão Roe v. Wade nesta sexta-feira (24), que retira o direito constitucional federal ao aborto em todo o país. Diversos estados se movimentaram imediatamente para proibir o aborto.

“Usar (contraceptivos de emergência) não causa aborto. Um aborto finaliza uma gravidez já existente. Esses medicamentos impedem que a gravidez aconteçam. Eles devem ser usados logo após a relação sexual desprotegida para serem efetivos. Eles não funcionam caso a gestação já tenha sido iniciada”, afirmou o ACOG.

“Pílulas do dia seguinte” são uma forma de contraceptivo de emergência. Algumas podem ser compradas no balcão das farmácias, outras requerem uma receita médica.

Dispositivos Intrauterinos (DIUS) de cobre também podem ser usados como contraceptivo de emergência se inseridos em até cinco dias após a relação sexual.

As mulheres norte-americanas também enfrentam problemas relacionados à escassez de absorventes menstruais nas farmácias. Os preços dos produtos aumentaram significativamente – quase 10% em relação ao ano passado, segundo a Bloomberg.

Segundo especialistas, a falta pode estar relacionada à crise de suprimentos global, gerando a escassez de materiais-chave como o algodão e o plástico.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

Reprodução da matéria acima em inglês: 

FONTE: https://edition.cnn.com/2022/06/28/health/emergency-contraception-purchase-limit-plan-b/index.html

Amazon and Rite Aid limiting purchases of emergency contraception

Some large drug store chains are limiting purchases of emergency contraception to three pills per customer.

(CNN)Amazon and some large drug store chains began this week limiting purchases of emergency contraception to three pills per customer, company representatives confirmed to CNN.

Amazon has a temporary quantity limit of 3 unites per week on emergency contraceptive pills, including Plan B, a representative for the company told CNN on Tuesday.
Rite Aid is also limiting purchases.
"Due to increased demand, at this time we are limiting purchases of Plan B contraceptive pills to three per customer," Alicja Wojczyk, senior manager of external communications for Rite Aid told CNN in an email.
On Monday, CVS told told CNN in an email that although CVS had "ample supply" of Plan B and Aftera -- two types of emergency contraception -- the company was limiting purchases to three per customer "to ensure equitable access and consistent supply on store shelves."
On Tuesday, CVS removed those purchase limits, a company representative told CNN.
"Immediately following the Supreme Court decision, we saw a sharp increase in the sale of emergency contraceptives and implemented a temporary purchase limit to ensure equitable access," Matt Blanchette, Senior Manager of Retail Communications with CVS Pharmacy, told CNN in an email.
"Sales have since stabilized and we're in the process of removing the purchase limits, which will take effect in-store and on CVS.com over the next 24 hours," he said.
"We continue to have ample supply of emergency contraceptives to meet customer needs," Blanchette added.
Emergency contraception reduces the chance of pregnancy after unprotected sex, according to the American College of Obstetricians and Gynecologists. Common situations when it is used include after forgetting to take several birth control pills or when a condom breaks or falls off.
The purchasing limits for emergency contraception come after the Supreme Court overturned Roe v. Wade on Friday. Several states immediately moved to effectively prohibit abortions.
"Using (emergency contraception) does not cause an abortion. An abortion ends an existing pregnancy. EC prevents pregnancy from occurring. EC must be used soon after unprotected sexual intercourse to be effective. It does not work if pregnancy has already occurred," ACOG said.
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Pills, such as Plan B and Aftera, are one type of emergency contraception. Some can be bought over the counter and others require a prescription.
Copper intrauterine devices, or IUDs, can also be used as emergency contraception if inserted within about five days of intercourse.

 

 

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OMS alerta para aumento da frequência de doenças, como a varíola dos macacos

 FONTE: https://www.blogger.com/u/3/blog/post/edit/1539398742890988126/4350864356396179713

OMS alerta para aumento da frequência de doenças, como a varíola dos macacos

Diretor de emergências da OMS, Mike Ryan cita impactos das mudanças climáticas e do comportamento humano para a circulação de doenças

Logo da OMS em Genebra
Logo da OMS em Genebra Denis Balibouse/Reuters

Cecile Mantovanida Reuters


Surtos de doenças endêmicas, como a varíola dos macacos e a febre de Lassa, estão se tornando mais persistentes e frequentes. O alerta foi feito pelo diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, nesta quarta-feira (1º).

À medida que as mudanças climáticas contribuem para alterações rápidas nas condições do tempo, como a seca, animais e humanos estão mudando seu comportamento, incluindo hábitos de busca de alimentos. Como resultado, doenças de “fragilidade ecológica” que normalmente circulam em animais estão cada vez mais ocorrendo em humanos, disse ele.

“Infelizmente, essa capacidade de amplificar essas doenças e movê-las para dentro de nossas comunidades está aumentando – então tanto o surgimento de doenças quanto os fatores de amplificação das doenças aumentaram”.

Por exemplo, há uma tendência de aumento nos casos de febre de Lassa, uma doença viral aguda transmitida por roedores endêmicos da África, disse ele. “Portanto, há definitivamente pressão ecológica no sistema”, disse ele.

O comentário surge no contexto do aumento dos casos de varíola dos macacos fora da África, onde o vírus é endêmico.

Falando à imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, disse que a agência recebeu relatos de mais de 550 casos confirmados da doença em 30 países fora da África desde o primeiro relato no início de maio.

 

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Varíola dos macacos não terá a mesma escala da Covid-19, afirma especialista

 FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/variola-dos-macacos-nao-tera-a-mesma-escala-da-covid-19-afirma-especialista/

Varíola dos macacos não terá a mesma escala da Covid-19, afirma especialista

De acordo com a virologista do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da UFRJ, a taxa de letalidade da doença é de 1%

Representação artística do vírus da varíola
Representação artística do vírus da varíola Roger Harris/Science Photo Library/Getty Images

Nathalie Hanna AlpacaStéfano Sallesda CNN

Rio de Janeiro, 02/06/2022 às 03:00 | Atualizado 02/06/2022 às 05:26


Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (1º), a virologista do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da UFRJ, Clarissa Damaso, afirmou que a varíola dos macacos não será um problema com a mesma escala da Covid-19, pois não é tão transmissível como o coronavírus.

Damaso é especialista em poxvírus – uma família de patógenos grandes e complexos, com genoma DNA, e cujo membro mais notório é o vírus da varíola.

De acordo com a especialista, não é necessário alarde, uma vez que o país tem como oferecer suporte à população. “Não acredito que vá escalar, como a gente teve para a Covid. O padrão de infecção é bem diferente. Então eu gostaria de dizer à população para não ter pânico porque nós temos armas para lidar com esse vírus”, diz.

 

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Varíola dos macacos: o que diz a OMS sobre riscos de transmissão por contato sexual

 FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/variola-dos-macacos-o-que-diz-a-oms-sobre-riscos-de-transmissao-por-contato-sexual/

 

Varíola dos macacos: o que diz a OMS sobre riscos de transmissão por contato sexual

Doença pode ser transmitida pelo contato com a pele, incluindo beijos e toques, durante o sexo; transmissão pelo sêmen e fluidos vaginais não foi confirmada

Cynthia S. Goldsmith/CDC

Lucas Rochada CNN em São Paulo, 03/06/2022 às 14:07

Casos de varíola dos macacos foram registrados em pelo menos 27 países considerados não endêmicos para a doença até o momento. De acordo com o Ministério da Saúde, nenhum caso foi confirmado no país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que alguns desses casos estão sendo identificados em pacientes gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens. Pessoas trans também podem estar mais vulneráveis no contexto do atual surto, segundo a OMS.

A doença causada por um vírus pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas. Como medidas de proteção, a OMS recomenda evitar contato próximo com qualquer pessoa que tenha sintomas.

Os sintomas da varíola dos macacos incluem erupção cutânea com bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.

 FIM!

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Sintomas, vacina, tratamento e riscos: perguntas e respostas sobre varíola dos macacos

  FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/sintomas-vacina-tratamento-e-riscos-perguntas-e-respostas-sobre-variola-dos-macacos/


Sintomas, vacina, tratamento e riscos: perguntas e respostas sobre varíola dos macacos

Cientista Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), esclarece as principais questões sobre a doença

Varíola dos macacos é causada por um vírus
Varíola dos macacos é causada por um vírus Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Lucas Rochada CNN em São Paulo, 27/06/2022 às 15:40 | Atualizado 27/06/2022 às 15:49

A varíola dos macacos (Monkeypox) não é uma doença nova. Foi descoberta pela primeira vez em um macaco em 1958, o que levou à origem do nome. No entanto, a primeira infecção em um ser humano foi descoberta em 1970 em uma criança pequena na República Democrática do Congo, no continente africano.

O vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. Embora a varíola tenha sido erradicada em 1980, a varíola dos macacos continua a ocorrer em países da África Central e Ocidental.

Desde a década de 1970, um número crescente de casos foi reconhecido, em particular, nos últimos 5 a 10 anos. A doença é endêmica em partes da África, onde é registrada a maior parte dos casos, incluindo mortes, há décadas. No entanto, desde maio, tem sido registrados casos em outros países que normalmente não têm a doença.

De acordo com a OMS, a resposta ao surto atual que atinge mais de 40 países considerados não endêmicos deve servir como um catalisador para aumentar os esforços para combater o problema a longo prazo e garantir acesso a suprimentos essenciais em todo o mundo.

“Isso é muito incomum. Tivemos um surto ocasional ou um único caso detectado em um viajante da África Ocidental. Mas, na verdade, nunca vimos um surto como esse antes”, afirmou a cientista Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) em entrevista ao podcast “Science in 5”, da instituição.

No episódio, a pesquisadora esclarece as principais dúvidas sobre a doença, como os principais sintomas, impactos para o organismo, eficácia da vacina e maneiras de prevenir a transmissão do vírus.

Quais são os efeitos para a saúde e como é o tratamento?

A doença é causada por um vírus que pertence ao gênero ortopoxvírus da família Poxviridae. Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

As infecções humanas com o tipo de vírus da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação com o grupo viral da Bacia do Congo, com uma taxa de mortalidade de 3,6% em comparação com 10% para o da Bacia do Congo.

“A coisa mais importante sobre a varíola dos macacos é que ela causa uma erupção cutânea que pode ser desconfortável, pode causar coceira e pode ser dolorosa. Portanto, a coisa mais importante sobre cuidar de alguém com essa doença é basicamente cuidar da pele e cuidar de quaisquer sintomas que alguém possa ter, como dor ou coceira”, afirma a pesquisadora.

Os sintomas incluem bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.

A vacina funciona?

A OMS recomendou, no dia 14 de junho, a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipes de laboratório que atuam com ortopoxvírus, especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico para a doença e outros que possam estar em risco de acordo com autoridades nacionais de saúde pública.

“É importante saber que a pesquisa ao longo de muitos anos também rendeu algumas vacinas e tratamentos para a varíola dos macacos. Estes são produtos novos e ainda não amplamente disponíveis. No entanto, a vacina é recomendada para pessoas que estiveram em contato com alguém que tenha varíola”, afirma Rosamund.

Em relação ao tratamento, a especialista afirma que a maioria das pessoas não precisa dos novos produtos. “A maioria das pessoas não tem um caso grave de varíola e pode ser tratada de forma conservadora com cuidados regulares quando necessário. Pode ser possível acessar os novos tratamentos para alguns pacientes muito selecionados que possam precisar deles”, afirmou.

OMS recomenda vacinação contra a varíola dos macacos para grupos específicos / Dado Ruvic/Reuters

Quem está em risco e por que a OMS expressa preocupação neste momento?

O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

“A varíola dos macacos se espalha pela proximidade, cara a cara, pele a pele, contato direto. É assim que sempre foi descrito. Pode haver algumas coisas novas acontecendo neste surto agora. Não sabemos tudo. Ainda há muito o que aprender”, disse a pesquisadora da OMS.

A OMS alerta que alguns desses casos estão sendo identificados em pacientes gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens. A doença pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas.

“No momento, as pessoas mais expostas parecem ser homens que fazem sexo com homens. Portanto, é muito importante que todos nós juntos tenhamos certeza de que as mensagens cheguem às pessoas que precisam tê-las agora. Essas são as pessoas que podem estar em risco agora. E neste momento, essas pessoas são homens que fazem sexo com homens ou outras pessoas que possam estar em contato com eles, incluindo familiares”, afirma Rosamund.

O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge, destaca que o vírus pode afetar qualquer pessoa, independente de orientação ou prática sexual. Em comunicado a OMS também afirmou que “estigmatizar as pessoas por causa de uma doença nunca é bom. Qualquer pessoa pode contrair ou transmitir a varíola dos macacos, independentemente de sua sexualidade”.

“enquanto estamos falando sobre quem está em maior risco, é claro que é realmente importante não gerar estigma contra grupos populacionais que estão em risco. Isso inclui homens que fazem sexo com homens. Também pode incluir pessoas que viajam de diferentes países que podem estar carregando o vírus sem saber. É muito importante que evitemos o estigma”, afirmou Rosamund.

A especialista alertou, ainda, para a importância do uso de equipamentos de proteção individual por profissionais de saúde que possam entrar em contato com potenciais pacientes com a doença.

“Como esse vírus se espalha por contato próximo e contato pessoa a pessoa, isso significa que, no ambiente de saúde, um profissional de saúde que não sabe com o que está lidando e pode não ter o equipamento de proteção individual adequado pode inadvertidamente ser exposto”, diz.

“Portanto, também queremos ter certeza de que os profissionais de saúde tenham a mensagem de que, se estiverem vendo alguém que pode ter uma erupção cutânea não diagnosticada ou não diagnosticada anteriormente, é extremamente importante estar ciente de que esse vírus está se espalhando recentemente em diferentes grupos populacionais e garantir que sejam tomadas todas as precauções básicas para se proteger com equipamentos de proteção individual”, completa.

A especialista também recomenda medidas de prevenção aos familiares de pessoas diagnosticadas com a varíola dos macacos.

“Se houver alguém que tenha varíola dos macacos, quem vive em um ambiente familiar também pode querer cuidar para que outros membros da família não estejam imediatamente em risco”, disse.

OMS considera a doença uma emergência internacional?

A OMS declarou, no sábado (25), que o surto de varíola dos macacos não constitui uma emergência em saúde pública de interesse internacional. O anúncio aconteceu após reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional (2005) sobre o surto da doença, realizada na quinta-feira (23).

“A maioria das pessoas que tem varíola não fica muito doente. No entanto, a OMS descreveu o risco como moderado porque a varíola está se espalhando em locais onde nunca havia sido relatada antes. Portanto, esse novo padrão de transmissão é preocupante e está se movendo muito rapidamente”, explica a pesquisadora.

A OMS tem pedido uma vigilância intensificada do vírus na comunidade em geral. “A transmissão de pessoa para pessoa está em andamento e provavelmente é subestimada. Na Nigéria, a proporção de mulheres afetadas é muito maior do que em outros lugares, e é fundamental entender melhor como a doença está se espalhando por lá”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, na semana passada.

 

 FIM!

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Casos de varíola dos macacos ultrapassam 3.400 em todo o mundo, diz OMS

 FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/casos-de-variola-dos-macacos-ultrapassam-3-400-em-todo-o-mundo-diz-oms/

 

Casos de varíola dos macacos ultrapassam 3.400 em todo o mundo, diz OMS

Brasil soma 17 diagnósticos da doença e outros dez estão em investigação

Duas amostras de casos suspeitos de varíola dos macacos são testadas em laboratório de microbiologia de hospital em Madri, Espanha
Duas amostras de casos suspeitos de varíola dos macacos são testadas em laboratório de microbiologia de hospital em Madri, Espanha 01/06/2022REUTERS/Susana Vera

Akriti Sharmada Reuters

Mais de 3.400 casos confirmados de varíola dos macacos e uma morte pela doença foram relatados à Organização Mundial da Saúde (OMS) até a última quarta-feira (22), sendo a maior parte deles na Europa.

Segundo a OMS em atualização nesta segunda-feira (27), desde 17 de junho, 1.310 novos diagnósticos foram relatados à agência, com oito novos países na lista dos afetados.

A monkeypox ainda não é uma emergência de saúde global, conforme decisão da OMS na semana passada, embora o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, tenha dito estar profundamente preocupado com o surto.

Até o momento, o Brasil já confirmou 17 casos. São onze em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e quatro no Rio de Janeiro. Outros dez casos seguem em investigação.

Do total de casos, cinco seriam autóctones, o que significa que houve transmissão local da doença. Dois deles no Rio de Janeiro e três em São Paulo.

 FIM!

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CUIDADO COM AS CRIANÇAS!!!! Duas crianças morrem por dia em consequência da Covid-19 no Brasil

 FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/duas-criancas-morrem-por-dia-em-consequencia-da-covid-19-no-brasil/

 

Duas crianças morrem por dia em consequência da Covid-19 no Brasil

Dados de 2020 e 2021 foram analisados pelo Observa Infância; boletim epidemiológico do Ministério da Saúde indica que a média de dois óbitos diários se mantém em 2022

Isabelle Resendeda CNN

Do Rio de Janeiro, 27/06/2022 às 21:44 | Atualizado 28/06/2022 às 20:15

A Covid-19 matou, por dia, duas crianças menores de cinco anos no Brasil, desde o início da pandemia. Ao todo, 1.439 crianças nessa faixa etária morreram em decorrência da doença nos dois primeiros anos da pandemia no país.

É o que mostra um levantamento feito pelo Observa Infância em parceria com a Fiocruz, com base em dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Em 2020, foram registradas 599 mortes de crianças com até cinco anos em consequência da doença. Já em 2021, quando a letalidade da doença aumentou em toda a população, o número de vítimas infantis saltou para 840.

Metade dos óbitos registrados está concentrada na região Nordeste do país.

Dados preliminares divulgados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde indicam que a média de duas mortes diárias se mantém este ano. Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registrou um total de 291 óbitos entre crianças menores de 5 anos.

Os dados de 2020 e 2021, analisados pelos coordenadores do Observa Infância, Cristiano Boccolini e Patricia Boccolini, passaram por revisão do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

A análise destes dois primeiros anos da pandemia no Brasil mostra que crianças de 29 dias a 1 ano de vida são as mais vulneráveis.

A professora e epidemiologista Patricia Boccolini, da Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), alerta para a urgência na aprovação da vacina para essa faixa etária.

“Bebês nessa faixa etária respondem por quase metade dos óbitos registrados entre crianças menores de 5 anos. É preciso celeridade para levar a proteção das vacinas a bebês e crianças, especialmente de 6 meses a 3 anos. A cada dia que passamos sem vacina contra Covid-19 para menores de 5 anos, o Brasil perde 2 crianças”, aponta Patricia.

A farmacêutica Pfizer informou que já prepara a documentação para solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o aval para liberação da vacina contra a Covid-19 para bebês acima de 6 meses até crianças de 5 anos.

Na semana passada, os Estados Unidos começaram a imunizar crianças com menos de cinco anos contra o coronavírus. A agência de saúde norte-americana expandiu autorizações de uso emergencial das vacinas da Moderna e da Pfizer para incluir crianças dessa faixa etária.

O pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz Cristiano Boccoli explica que os dados se referem a óbitos infantis em que a Covid-19 foi registrada como causa básica e àqueles em que a doença é uma das causas da morte, ou seja, a infecção agravou alguma condição de risco preexistente ou esteve associada à causa principal de óbito.

“Na análise do Observa Infância consideramos também as mortes em que a Covid-19 agravou um quadro preexistente. Quer dizer, embora nem todas essas crianças tenham morrido de Covid-19, todas morreram com Covid-19”, esclarece o pesquisador.

Nem todos os países registram os óbitos por coronavírus com informações por faixa etária. Até junho de 2022, dados coletados pelo Unicef em 91 países mostram que a Covid-19 foi a causa básica de óbito de 5.376 crianças menores de 5 anos no mundo. O Brasil responde por cerca de 1 em cada 5 dessas mortes.

O pesquisador ainda chama atenção para o fato de o Brasil contabilizar mais que o triplo de mortes de crianças com menos de 5 anos registradas nos Estados Unidos.

“Os Estados Ungidos registram pouco mais de 500 óbitos até hoje. Mesmo em termos proporcionais, o Brasil apresenta uma taxa de mortalidade superior por Covid nesta faixa etária”, destaca.

Boccolini atribui o número alto de mortes comparado a outros países ao descontrole da pandemia e à desigualdade de acesso aos serviços de saúde entre as regiões do país, como a oferta de leitos de terapia intensiva, por exemplo.

FIM. Matéria selecionada na mídia comercial para ciência dos visitantes do BLOG.

 

Atenção! Após quase três meses, média móvel de mortes por Covid volta a passar de 200

 fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/apos-quase-tres-meses-media-movel-de-mortes-por-covid-volta-a-passar-de-200/

 

Após quase três meses, média móvel de mortes por Covid volta a passar de 200

É o maior índice desde 1º de abril, segundo o Conass; em relação aos casos, o indicador mantém tendência de alta

Foram registrados 76.638 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas
Foram registrados 76.638 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas 20/01/2022REUTERS/Diego Vara

Da CNN

Em São Paulo

A média móvel de mortes por Covid-19, que considera dados dos últimos sete dias, voltou a ultrapassar a marca de 200 nesta terça-feira (28), e apresenta o maior índice desde 1º de abril, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Nesta terça, o indicador chegou a 28. Em 1º de abril, o índice foi de 205.

Nas últimas 24 horas, o país contabilizou 316 novas mortes, elevando o total desde o início da pandemia para 670.848.

Em relação aos casos, a média móvel mantém tendência de alta observada desde a segunda quinzena no mês de junho.

Segundo a atualização, foram registradas 76.638 contaminações no último período. O total é de 32.206.954 infecções pelo coronavírus. A média móvel de casos encontra-se em 55.447.

Duas crianças morrem por dia por Covid-19 no Brasil

A Covid-19 matou, por dia, duas crianças menores de cinco anos no Brasil, desde o início da pandemia. Ao todo, 1.439 crianças nessa faixa etária morreram em decorrência da doença nos dois primeiros anos da pandemia no país.

É o que mostra um levantamento feito pelo Observa Infância em parceria com a Fiocruz, com base em dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Em 2020, foram registradas 599 mortes de crianças com até cinco anos em consequência da doença. Já em 2021, quando a letalidade da doença aumentou em toda a população, o número de vítimas infantis saltou para 840.

Dados preliminares divulgados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde indicam que a média de duas mortes diárias se mantém este ano. Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registrou um total de 291 óbitos entre crianças menores de 5 anos.

 

Santa Casa em Belo Horizonte/MG foi tomado pela fumaça, , no fim da noite dessa segunda-feira (27) - Já constam 2 mortes de pacientes

Fonte Portal G1:  https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2022/06/28/santa-casa-de-bh-confirma-duas-mortes-de-pacientes-apos-incendio-causas-dos-obitos-serao-investigadas.ghtml

 

Santa Casa de BH confirma duas mortes de pacientes após incêndio; Causas dos óbitos serão investigadas

Segundo a assessoria de imprensa da instituição, as duas pessoas não tiveram queimaduras.

Por Carolina Caetano, g1 Minas — Belo Horizonte


Corredor da Santa Casa em BH foi tomado pela fumaça

Corredor da Santa Casa em BH foi tomado pela fumaça 

A assessoria de imprensa da Santa Casa de Belo Horizonte confirmou, no fim da noite dessa segunda-feira (27), as mortes de dois pacientes após incêndio que atingiu o 10º andar da unidade de saúde

A instituição afirma que as pessoas, que não tiveram nomes e idades divulgados, não sofreram queimaduras. Os corpos serão encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para que as causas dos óbitos sejam investigadas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo se alastrou depois que uma saída de oxigênio apresentou problemas em um dos quartos do décimo andar.

Foram mais de 950 pessoas evacuadas e 15 transferidas para outros hospitais.Pessoas ficaram no meio de avenida na Região Leste de Belo Horizonte.  — Foto: Rodrigo Barraza/TV Globo

Pessoas ficaram no meio de avenida na Região Leste de Belo Horizonte. — Foto: Rodrigo Barraza/TV Globo

Após vistoria, a corporação afirmou que não houve dano estrutural no prédio.

Por meio de nota, a Defesa Civil de Belo Horizonte também informou que não foram registrados danos estruturais no prédio da Santa Casa. Ainda conforme o órgão, foram verificados danos no revestimento, mobilhas e parte elétrica. Área preventiva foi isolada.

Equipes do Corpo de Bombeiros estão na Santa Casa — Foto: Henrique Campos / TV Globo

Equipes do Corpo de Bombeiros estão na Santa Casa — Foto: Henrique Campos / TV Globo

Só no início da madrugada desta terça-feira (28) foi possível o retorno para as dependências do hospital.

"Esse incêndio se iniciou no 10º andar, onde funciona a UTI desse hospital e teria sido provocado, a princípio, devido a um vazamento de O2 (oxigênio) combinado com a pane, um colapso de um determinado equipamento. Imediatamente, as equipes do Corpo de Bombeiros realizaram o combate ao incêndio e evacuaram todo o hospital, especialmente aquelas pessoas que poderiam ser evacuadas naquele momento. O incêndio já foi debelado, não existe risco e não existe o registro de vítimas", detalhou o tenente Pedro Aihara , porta-voz do Corpo de Bombeiros.

Cerca de um hora antes, o Corpo de Bombeiros já havia informado que não foram registradas mortes por queimaduras.

"Não houve nenhum tipo de óbito em decorrência direta do incêndio. Nenhuma pessoa que, por uma questão de queimadura, por inalação de fumaça ou por outro produto da combustão, ela tenha se transformado em óbito. O que ocorre é que, durante o momento de transferência, houve alguns óbitos já confirmados de vítimas que, pelo fato do 10º andar ser de Centro de Terapia Intensiva existiam várias vítimas graves, e algumas dessas vítimas vieram a óbito nesse momento da transferência. O que a direção do hospital realiza neste momento é a investigação, esses corpos vão ser conduzidos ao IML para que possa ser verificado se o óbito foi em decorrência da transferência ou do próprio quadro de saúde que esses pacientes apresentavam", afirmou o tenente Pedro Aihara , porta-voz do Corpo de Bombeiros.

Veja o comunicado na íntegra da Santa Casa:

"Acerca do incêndio ocorrido na ala C do 10º andar da Santa Casa BH, a instituição informa que os pacientes foram remanejados e submetidos a uma avaliação pelo corpo assistencial. A área onde ocorreu o incêndio encontra-se interditada pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil e as demais áreas voltaram ao seu funcionamento regular.

No momento do início do incêndio, haviam 931 pacientes internados. Os que se encontravam no 10º e 9º andares foram removidos, mas já estão retornando e recebendo a devida assistência. Foram registrados dois óbitos de pacientes que apresentavam quadro clínico grave. Os corpos estão sendo encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML).

A Santa Casa BH agradece o trabalho realizado pela Polícia Militar de Minas Gerais, Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Ressalta, ainda, o trabalho e a disposição dos funcionários e brigadistas da instituição".

 

Em alta, média móvel de mortes por Covid no Brasil se aproxima de 200 por dia

 

Fonte: Portal G1: https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2022/06/27/em-alta-media-movel-de-mortes-por-covid-no-brasil-se-aproxima-de-200-por-dia.ghtml 

No link acima consta vídeo sobre a reportagem.

Por Fábio Tito, g1


Média de mortes por Covid é a maior desde o começo de abril

Média de mortes por Covid é a maior desde o começo de abril

O Brasil registrou nesta segunda-feira (27) 147 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 670.606 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 198, voltando a se aproximar da marca de 200. É a maior marca desde o dia 1º de abril (quando estava em 206). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +38%, indicando tendência de alta pelo quarto dia seguido.

Já a média móvel de casos chegou a 54.400, a maior registrada desde 1º de março.

Brasil, 27 de junho

  • Total de mortes: 670.606
  • Registro de mortes em 24 horas: 147
  • Média de mortes nos últimos 7 dias: 198 (variação em 14 dias: +38%)
  • Total de casos conhecidos confirmados: 32.136.916
  • Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 59.944
  • Média de novos casos nos últimos 7 dias: 54.400 (variação em 14 dias: +36%)

Média móvel de óbitos por Covid no Brasil, a cada dia, nos últimos 14 dias. A variação percentual leva em conta a comparação entre os números das duas pontas do período — Foto: Editoria de Arte/g1

Média móvel de óbitos por Covid no Brasil, a cada dia, nos últimos 14 dias. A variação percentual leva em conta a comparação entre os números das duas pontas do período — Foto: Editoria de Arte/g1

Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins não tiveram registro de morte pela doença no período de 24 horas.

No total, o país registrou 59.944 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 32.136.916 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 54.400, variação de +36% em relação a duas semanas atrás.

Curva da média móvel de novos casos conhecidos de Covid nas últimas duas semanas — Foto: Editoria de Arte/g1

Curva da média móvel de novos casos conhecidos de Covid nas últimas duas semanas — Foto: Editoria de Arte/g1

Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.

Curva de mortes nos estados

  • Em alta (15 estados e o DF): AL, PI, DF, MA, RN, RO, PB, MT, BA, CE, ES, SC, PR, SP, GO, RJ
  • Em estabilidade (5 estados): MG, RR, AC, TO, PE
  • Em queda (6 estados): SE, RS, PA, AM, MS, AP

Médias móveis de mortes e casos nos estados — Foto: Editoria de Arte/g1

Médias móveis de mortes e casos nos estados — Foto: Editoria de Arte/g1

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Consórcio de veículos de imprensa

Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre g1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal (saiba mais).