quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ENQUANTO O HOSPITAL DE DUQUE DE CAXIAS ESTÁ FECHADO DESDE 2005, POR CONTA DE VAZAMENTO DE ESGOTO NAS PAREDES, O PREFEITO NÃO SE MEXE PARA REATIVÁ-LO, E AINDA VAI RENDER HOMENAGENS AO NOVO HOSPITAL DA REDE D'OR !

INÉPCIA DO GOVERNO EM SAÚDE

A inauguração neta terça-feira (11) de um moderno e luxuoso hospital privado em Duque de Caxias, o sétimo do estado em número de leitos (200), revela o descaso do poder público em matéria de saúde. O novo hospital ocupa um prédio de 18 andares e foi resultado da aquisição de um prédio ainda em construção, na movimentada Avenida Brigadeiro Lima e Silva, onde funcionava uma revendedora de automóveis.  Segundo a empresa proprietária do hospital, foram investidos cerca de R$ 220 milhões e a construção durou cera de 3 anos.
Enquanto isso, o prefeito Alexandre Cardoso revelava esta semana que o Hospital Moacyr do Carmo, construído no Governo Washington Reis numa parceria entre o município e o estado, continua com o seu quarto pavimento em alvenaria, embora haja fortes indícios de que a Construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish, tenha recebido praticamente todos os R$ 110 milhões investidos naquela unidade de saúde, que ainda funciona precariamente. 
O Moacyr do Carmo foi inaugurado pelo presidente Lula, em companhia do governador Sérgio Cabral, com a promessa de que o atendimento aos pacientes seria no padrão do Hospital Sírio Libanês, em S. Paulo, o preferido de 10 entre cada 10 milionários e políticos brasileiros. Inaugurado às pressas para ajudar na reeleição do prefeito Washington Reis em setembro de 2004, o Moacyr do Carmo ainda mantinha na calçada, ao lado da entrada da Emergência, parte do tomógrafo na primeira visita do prefeito Zito, em janeiro de 2005.
Enquanto isso, o Hospital Duque de Caxias – fechado desde janeiro de 2005 por determinação do Conselho Regional de Medicina porque, entre outras coisas, esgotos escorriam pelas paredes dos consultórios, com elevado risco à saúde de profissionais de saúde e pacientes – continua inoperante. Submetido a uma caríssima reforma no Governo passado, com a promessa de que seria reaberto como uma das maiores policlínicas da Baixada, o velho “Duque” continua fora de combate.
Segundo o prefeito Alexandre Cardoso, não há falta de recursos para que o hospital volte a funcionar (cerca de R$ 10 milhões para a conclusão das obras), mas sobram embaraços legais para a sua retomada pelo município, pois a empresa que administrava a rede de saúde do município no governo passado, conhecida como Marca, está envolvida num grande escândalo, com parte de sua direção na cadeia no Rio Grande do Norte, sob suspeita de fraudes nas licitações. Enquanto não se achar uma saída legal para que o município retome o seu controle e conclua as obras, o “Duque” continuará fechado.

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