NÃO ESQUECEREMOS! No dia 14 de julho completou mais um ano do
fechamento e demolição do Hospital Central do IASERJ situado no centro
do Rio, ao lado do INCA e próximo da Praça Cruz Vermelha. Com um ato
brutal do Estado fechando uma instituição que atendia também pelo SUS e
retirando à força, com uma liminar injusta, os pacientes do CTI, em que
15 vieram a óbito dias depois, e a imprensa burguesa não deu uma nota
sequer, o MUDI, coletivo formado por moradores e pacientes do Hospital,
não silencia, coloca a denúncia na rua de que saúde não é mercadoria e
queremos o Hospital de Volta. Foi realizado um ato cultural no dia
17/07, na Praça Cruz Vermelha, que também contou com a presença de
moradores e ativistas da comunidade do entorno do Hospital Municipal
Salles Netto, de atendimento pediátrico, no bairro do Rio Comprido,
que também estão resistindo com um ato todas às 2ªs feiras, a partir
das 18 hs, em frente ao Hospital para que não seja fechado, pois já
desativaram o setor de internação e implementaram no local Clínica da
Família que não atende as demandas pediátricas. Houve no ato em memória
e luta pelo resgate do IASERJ, a participação dos moradores também
das ocupações de moradia popular, que também usam o SUS, onde houve
brincadeiras com a criançada, após o cine do coletivo Projetação, que
também esteve presente pela causa. O vídeo resgatou a memória do pleno
funcionamento do IASERJ, com equipamentos modernos, e que já fora
referência no atendimento médico hospitalar na América Latina. Em
seguida passou-se o vídeo do fechamento do hospital, com a violência
praticada pelas forças de opressão do Estado. NÃO ESQUECEREMOS! Nosso
agradecimento a todos que participaram e também ao coletivo dos
"Neguinhos que não se Calam" representados pelo vocalista Carlinhos que
"arrasou" com a criançada. Houve casamento na roça e brincadeiras
típicas como corrida no saco e com o ovo na colher. Colhemos muitas
assinaturas no abaixo assinado em que reivindicamos a devolução do
Hospital IASERJ ao bairro, e que em breve o colocaremos também na
petição popular pela internet. Agradecemos também a presença, do poeta
Marcos Trindade, autor do livro de poesias "O Grito dos Poetas
Descalços" em parceria com o também poeta Thiago C. Damato, nos doando
uma edição para nosso sarau de poesias. A também colaboradoras e
professora ali presentes e demais voluntários que se somaram a esta
nobre causa também o nosso muito obrigado/a! Durante o ato cultural o
MUDI denunciou o envolvimento da empreiteira contratada para as obras no
terreno do IASERJ com o esquema Lava Jato, em que o quarteirão se
transformou em uma quadra de tapumes há 3 anos, quando um Hospital
poderia estar lá ainda atendendo a muitos da população, sem ter levado á
óbito tantos pacientes do CTI. Esta mesma denúncia levamos ao
Ministério Público do núcleo de saúde, logo após sabermos destes óbitos
à época, que deu prosseguimento ao processo para apurar estas mortes,
quando antes de nossas denúncias pretendiam arquivar os autos, acatando
pedido da Procuradoria do Estado, à mando à época do desgoverno Cabral. A
denúncia da participação do Judiciário e do Ministério Público que
permitiram que o Hospital fechasse para demolição, também foi feita
porque nunca ESQUECEREMOS! SEMPRE DENUNCIAREMOS! SAÚDE NÃO SE VENDE E
NEM SE NEGOCIA, PORQUE NÃO É MERCADORIA! MUDI - MOVIMENTO DE MORADORES E
USUÁRIOS EM DEFESA DO HOSPITAL IASERJ/SUS - Visitem também o face do
mudi
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