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Enviado por Daniel Brunet -
17.03.2014|
13h01m
Unidade sem pediatra... mais uma vez
Pai é detido pela PM por fiscalizar a UPA de Madureira
Em setembro de 2013, um dos filhos dele teve atendimento negado na UPA. É que não havia pediatra. A partir daí, ele passou a fiscalizar a UPA do bairro.
- Não faço isso por mim. Eu posso levar meu filho em hospital particular. Mas e as pessoas que não podem fazer isso? O que acontece com elas?
Nos últimos cinco dias, inclusive no final de semana, Bruno foi à UPA duas vezes por dia para checar as escalas diurna e noturna. No final de semana, os funcionários da UPA de Madureira, que são contratados e treinados pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que administra a unidade, chamaram a Polícia Militar para prender Bruno. Foi a terceira ameaça de prisão que ele recebeu. Mas nada aconteceu.
Hoje, a PM foi mais uma vez acionada, e Bruno Augusto, levado para 29ª (Madureira). Neste momento, 12h57m, ele ainda está prestando depoimento.
O Iabas não explicou mais uma ausência de pediatras na unidade. Veja a nota na íntegra:
“O Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) esclarece que a escala dos médicos fica fixada no quadro de avisos disponível a todos os usuários e que o Iabas não orienta seus funcionários a chamar a Polícia Militar nos casos em que os usuários questionam sobre a mesma. O auxílio da Polícia Militar foi solicitado por se tratar de um caso esporádico, com o intuito de manter o conforto e privacidade dos usuários, e inibir a invasão a consultórios e outras salas em que são realizadas procedimentos médicos, cuja permanência é restrita a pacientes e médicos. A fiscalização do atendimento e da escala da UPA pode e deve ser feita pelos cidadãos que, contudo, precisam respeitar o direito dos usuários que estão sendo atendidos no momento.”
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