24/03/2013 - 15h08
Justiça Federal negociará nova área para grupo de índios
DO RIO
A Justiça Federal vai negociar uma nova área para o grupo de índios que
recusaram a solução oferecida pelo governo do Estado do Rio. A medida
foi tomada após inspeção na área anexa à aldeia Maracanã. Segundo o juiz
Wilson Witzel, o local não tem condição para abrigar os índios.
A negociação ocorrerá neste domingo (24) com representantes dos
indígenas, do Ministério Público Federal e da Funai na sede da Justiça
Federal no Rio. A área considerada imprópria pertence ao Ministério da
Agricultura e está sendo usada como canteiro de obras para as obras do
estádio do Maracanã.
Os índios afirmaram que a proposta deles é permanecer no Museu do Índio,
em Botafogo (zona sul), até que um local em definitivo possa ser
indicado pela Funai. Na madrugada deste domingo, eles invadiram o local e
foram retirados pela Polícia Federal e encaminhados para negociação com
o juiz.
"Queremos ficar na aldeia [Maracanã]. Mas como está proibido, queremos
ficar no museu. Lá tem lugar pra gente ficar", disse o índio Urutau
Guajarara, 52. O juiz não sabe a quantidade de índios remanescentes da
aldeia Maracanã. Segundo o Estado do Rio, dos 22 que moravam no local,
12 foram para a área oferecida em Jacarepaguá.
Entre o grupo de índios há crianças e mulheres. A maior parte das
pessoas, no entanto, são manifestantes que apoiam a causa indígena no
país. Eles afirmam que a cultura indígena precisa ser mantida e pedem um
local que possa garantir as características do povoado.
Indígenas deixam Aldeia Maracanã
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Manifestantes
a favor do museu do Índio da aldeia Maracanã entram em confronto com
polícia no centro do Rio em frente a Alerj (Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro) Leia mais
REMOÇÃO
A aldeia Maracanã foi desocupada na manhã de sexta-feira (22) com a presença Batalhão de Choque da Polícia Militar. As crianças e idosos já tinham sido retirados pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos quando a polícia invadiu o local. Sete manifestantes foram presos.
Homens do Choque empurraram os índios para fora na propriedade. Eles também usaram spray de gás pimenta e bombas de efeito moral. O coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, informou que 200 policiais participaram da ação, entre homens do Bope, do Batalhão de Choque e do 4º Batalhão da PM.
Os índios precisaram ser removidos por que não quiseram sair por vontade própria, eles não tem o direito de ficar num lugar que foi invadido.
ResponderExcluirMUDI: Caro leitor seu olhar sobre a questão a nosso ver está equivocada, mas a respeitamos. Os índios não invadiram o Museu, eles apenas ocuparam um espaço que já era deles e estava abondonado pelos Governos, sem qualquer política de preservação daquela memória que ali perdurou por muitos anos. Quem invadiu e está invadindo este lugar, primeiramente foi a PM com truculência desnecessária por seu comandante, com depoimento neste sentido do Defensor Público,Dr. Daniel, do Deputado Estadual Marcelo Freixo e de jornalistas que também foram alvo das agressões. Esqueceram todos que estamos num estado de direito e que os tempos de ditadura acabou há muitos anos, e não deveriam agir desta forma para garantir interesses dos grandes especuladores do capital, como Eike Batista e outros.
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