quinta-feira, 15 de junho de 2023

FALTAM MEDICAMENTOS BÁSICOS DE ANTIBIÓTICOS ATÉ ANALGÉSICOS EM VÁRIAS UNIDADES DE SAÚDE, EM CLÍNICAS DA FAMÍLIA, CARÊNCIA RECORRENTE DESDE O INÍCIO DO ANO E DE ANOS ANTERIORES, ATÉ QUANDO ISSO?

  FONTE: Reportagem da TV Brasil em vídeo https://www.youtube.com/watch?v=7pztYYPv9Ro

A matéria do link acima e  em destaque em texto ao final, que pode ser assistda no vídeo deste link, é de 20/03/2023,  e continua atual, pois esta semana, no dia 12/06/23, uma integrante do coletivo do MUDI/SUS que reside no bairro do Méier relatou-nos que foi abordada por morador da população de rua que estava com receita de medicamento inexistente no  Centro Municipal de Saúde César Pernetta, sendo que era para tratar de tuberculose. Por acaso quando leu a receita viu que possuía caixa cheia do medicamento em casa, e lhe fez a doação. Era antibiótico para tratamento de tuberculose, justamente o que constava na receita médica e que a Clinica  Césa Pernetta não tinha para fornecer. Pesquisando na internete sobre falta de medicamento nas clinicas da Família, por ironia encontramos reportagem de fevereiro já denunciando a fala de medicamento justamente nesta mesma Clinica do Méier, impressionante que nada muda para melhor para quem precisa da saúde pública, até a mais básica, a generalista fornecida nas Clínicas da Família.

A pergunta que não quer calar: "-  Até quando pagaremos nossos impostos com desvio de orçamento entre secretarias que  são tão importantes como as de saúde e educação?"

 Assistimos na TV e nos rádios, anúncio do Sr Prefeito Eduardo Paes enaltecendo o resgate do BRT, do asfalto da cidade com a fábrica de asfalto, promessa de obra no Saara para trocar as pedras portuguesas que não fazem  mal a ninguém, pois nem circulação contínua de veículo há ali, e querem gastar grande parte do orçamento público ali. Até se reconhece que obras na cidade são importantes, como a melhoria da malha viária e unidades de transporte público para o  próprio  bem do trabalhador que não trabalha em teletrabalho. Mas  para tudo tem uma medida certa, carecendo de equilíbrio no uso do orçamento público, com dosimetria de sua aplicação, nas áreas que precisam de intervenção, das mais urgentes para as moderadas. Porém,  não o aplicam na medida certa, para evitar a falta de medicamento e melhoria no atendimento das unidades de saúde municipais, cuja negligência sistemática leva a mortes evitáveis. 

Participamos do Conselho Gestor do Posto de Saúde Oswaldo Cruz como paciente, e uma vez por mês temos reunião com os gestores. Nesta última de  14/06, peguntamos sobre quando se regularizaria a falta de medicamentos básicos para nós pacientes. Nos foi respondido que dependia de licitação, que a anterior foi cancelada, e estavam providenciando outra. Diante disso só nos resta orientar os pacientes que precisam de medicamento e não tem na unidade de saúde onde se trata, que procure a Defensoria Pública ou escritório Jurídico de alguma Faculdade de Direito, que haja em seu  bairro para obtê-lo por decisão judicial. E ainda coloque a boca no trombone, como fez o paciente Pedro Nicolau, que mais abaixo relatamos sua queixa justíssima na rádio Tupi.

 Diante destes descasos, só nos resta, até tardiamente, nos  organizarmos em nossos bairros,  e cobrar através das associações de moradores ou de Conselho Gestor de Pacientes, e se estes inexistirem que então nos juntemos para criá-los, e lutar pela melhoria no atendimento nos setores fundamentais para os moradores, como entre outras demandas importantes, também a de fornecimento dos medicamentos necessários, pois até os mais básicos como analgésico, como a dipirona, está em falta, e se torna uma aquisição cara para quem está desempregado. 

No dia 31/05, um paciente, Pedro Nicolatino, do Posto de Saúde da Av Henrique Valadares, no centro,  perto da Praça da Cruz Vermelha, CMSOC, Centro Municipal de Saúde Oswaldo Cruz ligou para a rádio TUPI, programa do Antonio Carlos, de repórter amador,  para reclamar da falta de analgésico, de medicamento contra flatulência etc... Se isso ocorre em Posto de Saúde no Centro e na Lapa, o que não falta nos mais distantes da vitrine do Poder? 

Também reclamou que muitas vezes o paciente vai a uma UPA  para obter um atendimento especializado de emergência, não é atendido, sendo  encaminhado para a Clínica da Família que depende de agendamento para data futura da qual até lá os males que sente já avançou sem solução médica, o  que demandaria um atendimento  de imediato.

Que falta o Hospital IASERJ Central faz, pois antes de ser demolido pelo desgoverno de Sérgio Cabral, em 14/07/2012, ali era uma unidade que o paciente chegava, sendo servidor público ou não, porque atendia em geral o SUS, e era marcada a consulta para o mesmo dia e se necessário já saía do ambulatório para marcar e fazer exame de imagem no próprio hospital e pegava, em setor próprio de farmácia, lá mesmo no Iaserj,  o medicamento que precisava indicado na receita médica. O IASERJ central, antes de iniciarem o processo de seu desmonte para justificar seu fechamento, outrora fora um Hospital de referência da América Latina. Que nunca esqueçamos isso e lutemos pelo seu resgate, cujo terreno está abandonado desde seu fechamento em 14/07/2012, cuja promessa do centro de Pesquisa do INCA foi para o espaço, porque ali no terreno nada foi construído até este momento que escrevemos esta matéria, dia 15/06/2023. Este ano completarão 11 anos sem o IASERJ Central. Lamentável!

Abaixo é a nota do vídeo acima da TV Brasil, que consta também no link para o vídeo da reportagem: https://www.youtube.com/watch?v=7pztYYPv9Ro

"Pacientes do Centro Municipal de Saúde César Pernetta, no Méier, denunciam a falta de remédios injetáveis no posto de atendimento. Não há sequer medicação para dor na unidade de saúde. Quem procura o posto médico reclama das condições em que é atendido. Idosos recebem soro, por exemplo, sentados em cadeiras inadequadas. Algumas poltronas também estão rasgadas. Sem falar na demora para ser atendido na unidade. No sábado, alguns pacientes levaram mais de quatro horas dentro do posto entre a triagem e a consulta com o médico. A gente reforça que o profissional de saúde trabalha com a estrutura que tem".

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