terça-feira, 4 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL FILHO, A PRESIDENTE DILMA DILMA E O PREFEITO EDUARDO PAES AFUNDAM A SAÚDE PÚBLICA NO ESTADO E NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, DIA APÓS DIA! MORADORES MORREM POR FALTA DE LEITOS E AINDA VÃO DEMOLIR O IASERJ! ORA VEJAM!.

Plantão judiciário se torna impotente na concessão de liminares para obtenção de vaga em leitos hospitalares da rede SUS, que não são cumpridas por carência de vagas, e mesmo assim querem fechar o IASERJ, além de manterem fechados outros hospitais públicos! Pode isso ??? Como podem fechar um Hospital em PLENO FUNCIONAMENTO E AINDA MANDAR DEMOLIR um Hospital como o IASERJ, com capacidade para cerca de 500 leitos, 52 de CTIs,atendimento de emergência 24 horas pelo SPA ( Setor de Pronto Atendimento), com 44 especialidades, mas que outrora foram 56, com 9.000 atendimentos por mês e um milhão de prontuários ativos??? Destacam-se ainda, tratamentos que eram únicos na rede SUS como o de vitiligo; de feridas crônicas como o CETAFE; o de promoção à saúde da mulher, o PROMUSA, com prevenção ao câncer ginecológico e de mama, além de tratamentos alternativos de homeopatia, entre outros. O plantão judiciário se mostra impotente, pois concede liminares que não são cumpridas por falta de leitos na rede SUS, da qual o IASERJ faz parte. Então, por que  fechar um Hospital com tamanha capacidade de leitos hospitalares? O pior é constatar que os três Governantes, que são responsáveis pelo SUS, viram as costas para as necessidades básicas da população. Com isso a Presidenta Srª Dilma, o Sr Governador Sérgio Cabral Filho e o Prefeito Eduardo Paes, num acordo envolvendo 600 milhões de reais, na cessão de uso do terreno do Hopital IASERJ, em que há ação judicial questionando a validade da licitação por indícios de superfaturamento. Usam um dinheiro, que não é pouco, que sai do bolso do cidadão pagador de seus impostos e traem a população beneficiando  as empreiteras, sem cumprirem compromisso de campanha eleitoral, ignorando a necessidade de melhorar a saúde pública, quanto a ter mais Hospitais e leitos entre outros serviços, para o mais carentes que dependem do SUS, demonstrando claramente que não há compromisso com as políticas públicas na área de saúde pública! Já fecharam o Hospital de Anchieta, Hospital de Infectologia São Sebastião, Hospital da Polícia Civil na Praça Mauá, Hospital Santa Maria em Jacarepaguá ...É bom lembrar que pessoas morrem todos os dias não só de câncer, mas de outras doenças que eram tratadas no Hospital do IASERJ. A criação do Campus de Pesquisa do INCA não pode condenar  o Hospital do IASERJ à destruição, em benefício de suas pesquuisas, que podem ser realizadas em outros imóveis de propriedade do governo, que encontram-se abandonados ou desativados, como o IML da Av. Mem de Sá, o do INSS na R. do Richuelo em frente a CEF, o vastíssimo terreno do ex-Presídio Frei Caneca, no Estácio. Os próprios universitários do Fundão desejariam este Campus lá para também atuarem em suas pesquisas da área médica. Mas não nos querem ouvir! Nós que somos os donos destes patrimônios públicos. Os dois hospitais são importantes para o tratamento das doenças da população. Queremos que os dois Hospitais coexistam lado a lado, de forma integrada e humanizada, sem que um deseje destruir o outro, pois estará mesmo é destruindo a saúde da população. Até quando vão continuar com esta política de fechamento de Hospitais, sucateamento e privatização da saúde pública com as "OS", e não querendo nos ouvir , a voz da população e usuários do IASERJ???? A dinheirama com a Copa e as Olimpíadas não pode ignorar a necessidade de se gastar menos com obras provisórias para benefício do turismo e negar valores também importantes para serem aplicados na saúde pública . Quem irá nos ouvir? Fica claro que as autoridades Govenantes, Presidenta, Governador e Prefeito e os juízes que canetam decisões que não suspendem a demolição do Hospital IASERJ não tem compromisso com o princípio CONSTITUICIONAL DE VEDAÇÃO AO RETROCESSO SOCIAL E NEM COM AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA DE SAÚDE PÚBLICA, POIS SE O PRÓPRIO JUDICIÁRIO NÃO DETERMINA LIMITES NA DESTRUIÇÃO DOS PATRIMÔNIOS PÚBLICOS, COMO O IASERJ, ALTERNATIVAS HÁ PARA A CONSTRUÇÃO DO CAMPUS DO INCA SEM DESTRUIR O HOSPITAL. O QUE FALTA É VONTADE POLÍTICA DOS GOVERNOS ENVOLVIDOS! NÃO PODEMOS ESQUECER ISSO EM CADA ELEIÇÃO QUANDO VIEREM PEDIR NOSSO VOTO, SEJA PREFEITO OU VEREADOR, POIS ESTÃO TODOS CONIVENTES COM ESTE DESCASO COM A SAÚDE DO POVO. EMPURRAM PARA MAIS SOFRIMENTO NAS FILAS DOS HOSPITAIS E NOS PLANTÕES NOTURNOS DO JUDICIÁRIO, QUE A MÍDIA CANSA DE MOSTRAR. É UM CENÁRIO MUITO TRISTE, HÁ DINHEIRO PARA O FUTEBOL, ESPORTES, COPA E OLÍMPIADAS E NÃO TER PARA A SAÚDE, QUE DEVERIA SER A PRIORIDADE DAS PRIORIDADES! REALMENTE NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS URNAS! QUEM IRÁ RESOLVER? MUDI - MOVIMENTO DE MORADORES E USUÁRIOS EM DEFESA DO IASERJ

 

Plantão Judiciário: metade das liminares é para garantir internação


Jorge Luiz da Silva se desespera enquanto aguarda pela liminar no Plantão Judiciário: a mulher precisava de um leito de UTI
Jorge Luiz da Silva se desespera enquanto aguarda pela liminar no Plantão Judiciário: a mulher precisava de um leito de UTI Foto: Pedro Teixeira / Extra
Flávia Junqueira

No Plantão Judiciário, que funciona nos fundos do Tribunal de Justiça do Rio, metade das liminares (decisões de urgência) concedidas pelos juízes este ano buscava garantir tratamento ou internação.
Com um laudo médico explicitando o risco de morte em mãos, familiares conseguem no plantão uma liminar, e o doente sobe muitas posições na fila de espera por uma vaga na Central de Regulação. Com a canetada do juiz, ele é alçado a uma categoria em que o prazo dado na decisão para a internação conta mais do que a gravidade do doente. Surgem, então, duas categorias de pacientes: os “com liminar” e os “sem liminar”. Ter uma posição melhor na fila, porém, está longe de garantir a solução de todos os problemas.
Durante dois plantões noturnos - 27 de julho e 4 de agosto - e um diurno - 4 de agosto - o EXTRA acompanhou 17 casos de pessoas que procuraram o setor porque seus familiares ou clientes necessitavam com urgência de internação, ou que o plano de saúde autorizasse cirurgias ou próteses. Desses, 12 precisavam de UTI.
Nesse período, foram concedidas 14 liminares. Dessas, três foram cumpridas em 24 horas, como determinava o juiz, nove foram acatadas depois do prazo, sendo que um paciente morreu 50 minutos após a transferência. Duas liminares não foram cumpridas e os doentes morreram. Cerca de um mês depois, oito não haviam resistido.
Os casos acima são apenas uma amostra dos 1.235 pedidos apreciados por mês, em média, no Plantão Judiciário. Desses, 300 se referem a questões de saúde, uma média de dez casos por dia. Todo esse movimento gerou, de janeiro a julho deste ano, 3.190 decisões. Metade delas (1.597) buscava garantir tratamentos ou internações.
- Casos que envolvem saúde correspondem a 60% dos atendimentos do Núcleo de Fazenda da Defensoria. Após as 18h, quando apenas casos de risco de morte são apreciados no plantão, quase todos se referem a pedidos de leito em UTI - disse o coordenador do núcleo, Fabrício El-Jaick.
O defensor lembra, no entanto, que o problema da falta de UTI não é uma questão de Justiça, mas de administração pública:
- O juiz dá a canetada, mas daí ao gestor cumprir é o problema. Há limitação de espaço na UTI. O que fazer?
Foi o que se perguntou o caldeireiro de navio Jorge Luiz da Silva, de 53 anos, ao ver a mulher, de 46, vítima de um derrame, con-
tinuar internada na sala de estabilização do Hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador, sem ter como realizar uma tomografia, ao fim do prazo de 24 horas dado pelo juiz para a transferência da paciente para a UTI de uma unidade que tivesse tomógrafo.
- A ordem do juiz não vale de nada para eles. Os funcionários do Paulino Werneck só diziam que ainda não tinham a vaga e que estavam esperando a resposta para a transferência. A resposta foi que minha esposa está morta. A liminar foi dada às 18h de sábado e ela morreu às 19h de domingo, uma hora depois de o prazo dado pelo juiz ter acabado. Minha mulher não morreu por causa do derrame. Ela morreu devido à falta de um socorro adequado - disse Jorge, com a voz embargada.

No Plantão Judiciário, a última esperança de conseguir uma internação


Adelaide tentava a segunda liminar no Plantão Judiciário para tentar salvar a mãe. A primeira não havia sido cumprida
Adelaide tentava a segunda liminar no Plantão Judiciário para tentar salvar a mãe. A primeira não havia sido cumprida Foto: Pedro Teixeira / Extra
Flávia Junqueira

“Vim pedir à Justiça para interceder por mim. Não tenho mais a quem recorrer”, disse, com os olhos cheios de lágrimas, a assistente social Adelaide Maria Ferreira, de 45 anos, na noite do dia 4 de agosto, enquanto esperava, nas cadeiras geladas do Plantão Judiciário, que o juiz concedesse uma segunda liminar, já que a primeira não havia sido cumprida.
- Espero que a vaga na UTI para a minha mãe saia a tempo. Ela está muito debilitada, sem se alimentar desde que foi internada na UPA da Tijuca, no dia 11 de julho. Ela teve uma trombose e está na sala vermelha, com dificuldade para respirar e precisando de alimentação por sonda - contou Adelaide.
O ar de cansaço não impedia que Adelaide contasse os percalços que enfrentava para cuidar da mãe:
- Na UPA, disseram que eu devia me mexer para sair a transferência. Se tivéssemos conseguido logo um atendimento adequado, nada disso estaria acontecendo.
A assistente social se refere às recusas de atendimento que ela e a mãe receberam até chegarem à UPA:
- Minha mãe levou um tombo e estava com muita dor na perna. Fomos para o Souza Aguiar. Lá, nos encaminharam para a Coordenação de Emergência, no pátio do hospital. Nessa unidade, nos mandaram procurar um posto. Fomos para a UPA da Tijuca, onde a internaram.












As liminares obtidas no Plantão Judiciário não conseguiram salvar a mãe de Adelaide
As liminares obtidas no Plantão Judiciário não conseguiram salvar a mãe de Adelaide Foto: Pedro Teixeira / Extra
Foi uma funcionária da UPA que orientou Adelaide a ir ao Plantão Judiciário.
- Estive aqui na madrugada do dia 3. Cheguei à meia-noite e saí à 1h45m com a liminar. Mas, por mais maravilhoso que seja esse sistema, não significa que você terá a vaga. Estou de volta porque a liminar não foi cumprida. Não posso desistir. Minha vida é ela. Meu dia só acaba quando ela dorme à noite e eu vou para casa. Durmo rezando para que eu possa continuar a tomar conta dela no dia seguinte - disse Adelaide que, entre lágrimas, lembrava que o horário da sopa da mãe passava sem ela estar presente para tentar alimentá-la com uma seringa.
Adelaide só conseguiu a segunda liminar no dia 5. Dois dias depois, sua mãe foi, enfim, internada na UTI do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
- Nesse tempo em que ficou na UPA, pegou pneumonia e infecção nos rins. Só me resta rezar — disse Adelaide, um dia após a transferência.
Adelaide rezou. Mas sua mãe não resistiu e morreu seis dias depois.
- A Justiça conseguiu a vaga, mas foi tarde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário