quinta-feira, 21 de maio de 2015

TEXTO DISTRIBUÍDO PELO MUDI E COMISSÃO DE SAÚDE DA FIP NAS CONFERÊNCIAS DISTRITAIS DE SAÚDE:


VIOLÊNCIA DO ESTADO MATA


2015, mais uma Conferência de Saúde. O que ocorreu com as resoluções da última Conferência de 2011? Não a privatização! Por um SUS de qualidade! Recursos suficientes para a saúde! O que os governos fizeram? O INVERSO. A saúde pública está sendo desmantelada. As famílias têm que gastar do bolso para acessar médicos e exames laboratoriais. O governo dito dos trabalhadores abriu completamente as portas para os interesses empresariais na saúde e o capital estrangeiro.

A crise dos hospitais e unidades públicas de saúde nunca foi tão aguda no Rio de Janeiro: Cabral destruiu o hospital do IASERJ (Cruz Vermelha) em 2012, o Hospital São Sebastião e o Anchieta (Caju). O governo Paes fechou a Maternidade Praça XV,acabou com os leitos pediátricos do Hospital Salles Netto (Rio Comprido) , reduziu leitos e acabou com serviços (nutrição e odontologia) do Rocha Maia (Botafogo). Cabral/Pezão e Paes entregam a saúde para Organizações Sociais, empresas de fato, desqualificando e desmoralizando profissionais concursados de saúde e estimulando a contratação de pessoal inexperiente. Conseguir ser atendido por médico na saúde da família é difícil. Um leito ou exame especializado, então, um ano às vezes de espera no famigerado SISREG.

As comunidades empobrecidas estão engambeladas pela Prefeitura com a chamada saúde da família. No Leme, há muito se espera pela unidade que já foi inclusive orçamentada.

A crise econômica se agrava e a única resposta dos governos é a repressão. A violência do Estado se faz não apenas negando ao povo atendimento. Há uma violência direta, a policial, que mata muitos jovens, pobres e negros, um verdadeiro genocídio. A UPP se tornou um fator de opressão ao povo pobre se fazendo até de intermediário do acesso da população a direitos que são constitucionalmente garantidos, como o direito à saúde.

Quando o povo vai às ruas se manifestar, inclusive nas comunidades faveladas, ao invés de ser ouvido em suas reivindicações recebe como resposta o ataque massivo de bombas de gás lacrimogêneo , de pimenta e de efeito moral ,armas  ditas não letais. Tudo isso afeta a saúde das pessoas. As emergências estão militarizadas. A PM constrange pessoas mesmo feridas. 

A Secretaria Municipal de Saúde deveria ser aliada do povo na defesa da saúde que é um direito do povo, dever do Estado e é socialmente determinada: contra o ajuste fiscal, contra os cortes dos recursos públicos, contra a violência do Estado. Não é o que ocorre. Ela também é carrasca.

Interessa aos trabalhadores e ao povo em geral servir de massa de manobra para a farsa de democracia que são as Conferências e os Conselhos de Saúde? Temos que transformar essas conferências em espaço de denúncia do desrespeito aos direitos do povo.Mas o povo precisa se organizar de forma autônoma e independente para resistir à violência de Estado, sem servir de palanque a partidos eleitoreiros.

NÃO À RETIRADA DOS DIREITOS: QUEREMOS ATENDIMENTO MÉDICO E EXAMES SEM ESPERA, QUEREMOS OS HOSPITAIS QUE FORAM DETRUÍDOS DE VOLTA , QUEREMOS UM NOVO HOSPITAL DO IASERJ NO CENTRO DO RJ !

SAÚDE NÃO É MERCADORIA. QUEREMOS SERVIDORES PÚBLICOS CONCURSADOS COM SALÁRIOS DIGNOS E RESPEITO AO POVO. FORA OS, FUNDAÇÕES E EBSERH!

POR UM SISTEMA PÚBLICO E GRATUITO DE QUALIDADE!

REPUDIAMOS OS FAVORES GOVERNAMENTAIS PARA OS PLANOS PRIVADOS DE SAÚDE NA FORMA DE PERDÃO DE DÍVIDAS E SUBSÍDIOS!


Comissão de Saúde da Frente Independente Popular, Movimento de Moradores e Usuários em Defesa do IASERJ/SUS

Apoio: Movimento Chega de Descaso, Movimento Feminino Popular, Associação de Moradores do Chapéu Mangueira

FRENTE INDEPENDENTE POPULAR:  fip-rj@riseup.net e facebook

MUDI:mudiaserj@gmail.com, facebook e mudiemdefesadoiaserj.blogspot.com.br

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