quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A perseguição contra os ativistas que lutaram e lutam por direitos, e contra sua liberdade de manifestação de pensamento continua

A perseguição contra os ativistas e contra sua liberdade de manifestação de pensamento continua até durante as audiências dos 23 ativistas criminalizados. Por conta da saudação com punho cerrado em audiência dos presos políticos, juiz Itabaiana determina abertura de novos processos criminais.

Liberdade aos presos politicos: Caio , Fábio, Ígor Mendes e Rafael Braga, com extinção de todos os processos dos 23 dos ativistas criminalizados, o MUDI manifesta sua solidariedade  nesta luta.

Juiz intimida participantes de audiência, que se manifestaram em saudação aos presos políticascom o punho cerrado, a representar contra os mesmos junto ao Ministério Público por crime de desacato. Onde está a liberdade de manifestação de pensamento, em que não houve, com certeza, o cunho de qualquer desacato ao juiz, uma vez que é uma manifestação usual de saudação entre os que lutam dentro de determinada corrente ideológica de visão de mundo. Em tempos de protestos internacionais pelo direito à liberdade de expressão, como no caso da Revista Charlie Hebdo, como no caso da França, o nosso país e nosso judiciário tem muito que avançar, ainda que saibamos que os que cerram a fila da frente da marcha na França são puro oportunistas, porque fizeram pior com outras vitimas, dentro de suas políticas genocidas de conquista e manutenção de poder.

A matéria abaixo foi postada no síto do TJERJ, no campo de notícias: http://www.tjrj.jus.br/web/guest/home/-/noticias/visualizar/2069036?p_p_state=maximized

" Justiça ouve delegado e inspetor que investigaram ativistas

Notícia publicada pela Assessoria de Imprensa em 12/01/2015 18:53
Foi retomada nesta segunda-feira, dia 12, a audiência de instrução e julgamento (AIJ) dos 23 ativistas que respondem a processo por associação criminosa. Presidida pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da Capital, 21 dos 23 réus compareceram à AIJ. As rés Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho; e Karlayne Morais Pinheiro, a Moa, estão foragidas.
Até o fim da tarde desta segunda, o juízo ouviu os depoimentos do delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e o inspetor Ulysses Pourchet, que chefiou a equipe responsável pelas interceptações telefônicas feitas pelos réus. Outras 17 testemunhas de defesa foram arroladas para depor.
O delegado Alessandro Thiers disse que a convocação dos réus para as manifestações eram organizadas nas redes sociais e negou qualquer ingerência política durante as investigações.
"Fizemos apreensões em diversos locais, de coquetéis molotov, explosivos. Começamos a investigação porque os atos violentos eram combinados pela internet ", disse o delegado.
Já o inspetor Pourchet citou a professora universitária Camila Jourdan, uma das rés, como dona da casa que servia de ponto de encontro e oficina para a confecção de artefatos para serem usados nas manifestações, como os ouriços (objetos pontiagudos feitos a partir de vergalhões) e coquetéis molotov.

Juiz anuncia que irá representar contra réus por desacato

Durante a audiência, o juiz Flavio Itabaiana anunciou que irá remeter ao Ministério Público pedido para que os réus Leonardo Fortine, Rafael de Barros Caruso, Shirlene Feitosa, Rebeca Martins, Igor D 'Ycarahy e Felipe Proença respondam pelo crime de desacato. Isso porque os seis fizeram uma saudação em pé, com os punhos cerrados, assim que outros réus (presos) - Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza - chegaram à sala de audiências.
Processo nº 0229018-26.2013.8.19.0001
FB/JM"


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