quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Após série de mortes, Índia repensa esterilizações em massa como política de planejamento familiar



 Segue artigo do OPERA MUNDI

 Observa-se que as políticas que usam a cartilha de mudanças aplicadas na  área da saúde, com gestão imposta aos servidores e pacientes pela  EBSERH, OSs,  Fundações, têm a mesma inspiração do Banco Mundial, citando vastamente que estas são originadas de "Estudo do Banco Mundial" para justificar a imposição destes novos gestores da Hospitais Públicos por empresas privadas, utilizando-se de orçamento público, dinheiro do povo por seus impostos. Aplicaram esta justificativa no INCA.

 Os gorvernos das três esferas utilizam estes guias do Banco Mundial para privatizar as gestões dos hospitais públicos, que não mostram qualquer melhora no atendimento, porque o problema desta deficiência não é só caso de gestão, mas de sucateamente da rede pública e com congelamento de concursos públicos para contratação de mais pessoal, falta de valorização dos que estão laborando e deficiência de equipamentos para exames necessarios, além da carência de insumos básicos para a maioria dos tratamentos médicos. Falta acima de tudo, vontade política dos governantes de realmente mudar este cenário porque é o povo que o utiliza, e este só é lembrado em época de campanha eleitoral, e mesmo assim, com a farsa desta para iludí-lo e arrancar-lhe o voto. Por isso o 3º turno será nas lutas nas ruas!


Após série de mortes, Índia repensa esterilizações em massa como política de planejamento familiar
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Procedimentos que causaram as mortes de pelo menos 13 mulheres em novembro de 2014 são parte de política adotada em 1952 por pressão de agências e organismos internacionais como o Banco Mundial e a Fundação Ford


Quando notícias sobre as mortes de mulheres esterilizadas em um acampamento médico de Takhatpur, no distrito de Bilaspur, começaram a surgir em 10 de novembro de 2014, funcionários do departamento de saúde do estado indiano de Chhattisgarh chamaram as 83 mulheres que estiveram no acampamento aos hospitais da sede do distrito. Vieram então as notícias de que mulheres de outros acampamentos também estavam se sentindo mal. Dentro de horas, iniciou-se a operação para juntar todas as 137 mulheres esterilizadas em quatro acampamentos médicos realizados naquele fim de semana.
A administração começou a especular sobre a causa das mortes. Conseguiram a lista de remédios fornecidos às mulheres após a cirurgia em todos os quatro campos: diazepam, ibuprofeno, ciprofloxacino e iodopovidona. "Descobrimos que o ciprofloxacino havia sido fabricado em outubro de 2014. Isto o tornava suspeito e, portanto, resolvemos testá-lo", diz Ayyaj Fakirbhai Tamboli, diretor da Missão Nacional de Saúde Rural (NRHM, na sigla em inglês) em Chhattisgarh.
Testes preliminares com os comprimidos de ciprofloxacino mostraram contaminação por fosfato de zinco, frequentemente usado como veneno para ratos. O governo do estado disse que laboratórios confirmaram a presença do veneno, mas não tornou os relatórios públicos. Os proprietários dos dois laboratórios farmacêuticos que produziram os medicamentos foram presos por homicídio culposo.
A causa havia sido encontrada. O veneno que matou as mulheres havia sido descoberto. Ou, pelo menos, era o que parecia.
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Dularin Patel, de 27 anos, foi uma das 13 mulheres que morreram após a cirurgia de esterilização. "Ela estava bem até a segunda-feira à tarde, quando nos visitou. Ela havia tomado remédios no sábado à noite e duas vezes no domingo", disse Gorabai, mãe de Dularin. "Começou a vomitar a partir das quatro da tarde. Então, recebemos uma chamada de seus sogros, que vivem a 70 quilômetros daqui, dizendo que o funcionário do serviço de saúde havia pedido que ela fosse até o hospital. Às três da manhã da terça-feira, ela estava no Instituto de Ciências Médicas de Chhattisgarh". Na tarde daquela terça-feira, Dularin foi declarada morta.
Resultados preliminares dos exames post-mortem das vítimas foram enviados a agências de investigação. Eles não foram divulgados ao público, mas um funcionário sênior do serviço de saúde disse à Down to Earth que Dularin havia desenvolvido septicemia. "Ela tinha uma inflamação no peritônio, a membrana que forma o revestimento da cavidade abdominal. Havia meio litro de um grosso fluido amarelado em seus pulmões e focos sépticos foram encontrados em todos os órgãos", disse a fonte, pedindo não ter seu nome divulgado. "É um caso óbvio de infecção pós-opereratória......"

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