quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Saúde federal decreta estado de greve e faz paralisação de 24h na próxima quarta, 14/01.

Deliberações da última assembleia da saúde federal . Material para divulgação que segue abaixo!!

" Reunidos em assembléia na tarde dessa quarta-feira 7, no Sindsprev/RJ, servidores da saúde federal decidiram entrar em ‘estado de greve’ e na próxima quarta (14/01), os trabalhadores fazem paralisação de 24h com Ato em frente ao Núcleo Regional do Ministério da Saúde (Nerj), na rua México 128, Centro às 10h, seguido de nova assembleia. No dia 13/01, às 18h, acontece a primeira reunião do Comando de Mobilização que será composto por servidores escolhidos em assembléias nos hospitais.
mobilização organizada nas Unidades Hospitalares Federais tem por objetivo rechaça as declarações dos Governos Federal (Dilma – PT) e Estadual (Pezão – PMDB) de entregarem as gestões dos hospitais federais para as Organizações Sociais e Fundações com a estadualização. Exigimos uma resposta oficial do governo sobre tais declarações e já de antemão os trabalhadores da saúde federal estão em estado de greve dizendo: “ Não as OSs, Não as Fundações ! Pezão aqui você não entra, vá cuidar da sua casa! ‘
 
Todos nós sabemos que nada melhorou com a entrada das OSs nas gestões dos Hospitais estaduais, anualmente o governo do estado do RJ  gasto 2 bilhões de reais com as OSs, CONTUDO sabemos a falta de leitos, falta de insumos, falta de profissionais. O mais grave é a grande preocupação da gestão privatista que é a rotatividade de pacientes para lucrarem logo, coloca-se em risco o correto atendimento ao paciente. Outro situação problemática é o sistema de regulação de vagas – SISREG, onde pacientes na rede estadual ficam anos aguardando uma cirurgia. 
A assembleia também votou a articulação com o calendário de lutas a ser definido pelos servidores públicos federal - SPFs, que realizam plenária nacional nos dias 30 de janeiro  e votou indicativo de greve a partir de março precedida de assembleia no mês de fevereiro.

A classe trabalhadora inicia o ano de 2015 com presentes de inimigo do governo federal:
Governo Dilma em seu discurso de posse disse que não iria mexer nos direitos dos trabalhadores, contudo, deu um presente de inimigo: Ataques na previdência com as novas regras para a concessão de benefícios como o seguro-desemprego e pensão por morte. As novas regras, que serão impostas via Medida Provisória, por objetivo dificultar a concessão desses direitos, Além disso, as próprias empresas ficam autorizadas a fazer perícias em seus funcionários, e não só o INSS. Dá pra imaginar o quanto as empresas vão dificultar ainda mais a concessão do direito ao seu funcionário. Já para receber a pensão por morte, será exigida carência de 2 anos de contribuição previdenciária do segurado, período igual ao tempo mínimo de união do cônjuge. O valor também vai sofrer corte, sendo a metade do salário, mais 10% por dependente (chegando ao limite de 100% do salário). Os cortes aos direitos trabalhistas anunciados pelo governo vão no sentido de assegurar uma economia de R$ 18 bilhões ao ano que vão engordar o Superávit Primário, ou seja, a economia que o governo faz para garantir o pagamento dos juros da dívida interna e externa aos grandes banqueiros e investidores internacionais. O governo acredita que só esses ataques vão significar um quarto da meta de Superávit para 2015. Deste jeito, cortando direitos trabalhistas, será possível manter grande parte da política de isenções fiscais e subsídios às grandes empresas e cortes no serviços públicos.
Iniciamos o ano com as denuncias de corrupção com diretores da empresa, donos de empreiteiras e políticos famosos estão nas páginas policiais no Brasil, o mundo se encontra à beira de uma crise econômica, com a desvalorização do Rublo (moeda russa), a recusa da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de segurar a produção e a entrada em cena do shale gas (xisto) estadunidense. Com isso, o preço das commodities (matérias-primas) vem caindo e, consequentemente, o barril de petróleo também. estamos na borda de uma crise econômica mundial profunda e abrangente. Em 2008, enfrentamos uma situação comparável a 1929 (a “Grande Depressão”, quando quebrou a Bolsa de Nova York), mas esta foi somente o anúncio de uma crise econômica. Característica do sistema capitalista, a crise em si não foi superada, senão “empurrada com a barriga” pelos bilhões e bilhões de dólares injetados pelos governos no sistema financeiro para salvar os grandes capitalistas. Isso, à custa do aumento da exploração de milhões de trabalhadores e do sucateamento da infraestrutura dos países mais pobres e subdesenvolvidos do planeta. Ou seja, a piora das condições de vida de bilhões de seres humanos. "


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