" Reunidos
em assembléia na tarde dessa quarta-feira 7, no Sindsprev/RJ, servidores da
saúde federal decidiram entrar em ‘estado de greve’ e na próxima quarta
(14/01), os trabalhadores fazem paralisação de 24h com Ato em frente ao Núcleo
Regional do Ministério da Saúde (Nerj), na rua México 128, Centro às 10h,
seguido de nova assembleia. No dia 13/01, às 18h, acontece a primeira reunião
do Comando de Mobilização que será composto por servidores escolhidos em
assembléias nos hospitais.
mobilização organizada nas Unidades Hospitalares Federais tem por objetivo
rechaça as declarações dos Governos Federal (Dilma – PT) e Estadual (Pezão –
PMDB) de entregarem as gestões dos hospitais federais para as Organizações
Sociais e Fundações com a estadualização. Exigimos uma resposta oficial do
governo sobre tais declarações e já de antemão os trabalhadores da saúde
federal estão em estado de greve dizendo: “
Não as OSs, Não as Fundações ! Pezão aqui você não entra, vá cuidar da sua
casa! ‘
Todos
nós sabemos que nada melhorou com a entrada das OSs nas gestões dos Hospitais
estaduais, anualmente o governo do estado do RJ
gasto 2 bilhões de reais com as OSs, CONTUDO sabemos a falta de leitos,
falta de insumos, falta de profissionais. O mais grave é a grande preocupação
da gestão privatista que é a rotatividade de pacientes para lucrarem logo, coloca-se
em risco o correto atendimento ao paciente. Outro situação problemática é o
sistema de regulação de vagas – SISREG, onde pacientes na rede estadual ficam
anos aguardando uma cirurgia.
A
assembleia também votou a articulação com o calendário de lutas a ser definido
pelos servidores públicos federal - SPFs, que realizam plenária nacional nos dias 30 de
janeiro e votou indicativo de greve a
partir de março precedida de assembleia no mês de fevereiro.
A classe trabalhadora inicia o ano de 2015 com presentes de
inimigo do governo federal:
Governo
Dilma em seu discurso de posse disse que não iria mexer nos direitos dos
trabalhadores, contudo, deu um presente de inimigo: Ataques na previdência com as novas regras para a
concessão de benefícios como o seguro-desemprego e pensão por morte. As novas
regras, que serão impostas via Medida Provisória, por objetivo dificultar a
concessão desses direitos, Além disso, as próprias empresas ficam autorizadas a
fazer perícias em seus funcionários, e não só o INSS. Dá pra imaginar o quanto
as empresas vão dificultar ainda mais a concessão do direito ao seu
funcionário. Já para receber a pensão por morte, será exigida carência de 2
anos de contribuição previdenciária do segurado, período igual ao tempo mínimo
de união do cônjuge. O valor também vai sofrer corte, sendo a metade do
salário, mais 10% por dependente (chegando ao limite de 100% do salário). Os
cortes aos direitos trabalhistas anunciados pelo governo vão no sentido de
assegurar uma economia de R$ 18 bilhões ao ano que vão engordar o Superávit
Primário, ou seja, a economia que o governo faz para garantir o pagamento dos
juros da dívida interna e externa aos grandes banqueiros e investidores
internacionais. O governo acredita que só esses ataques vão significar um
quarto da meta de Superávit para 2015. Deste jeito, cortando direitos
trabalhistas, será possível manter grande parte da política de isenções fiscais
e subsídios às grandes empresas e cortes no serviços públicos.
Iniciamos o ano com as denuncias de corrupção com
diretores da empresa, donos de empreiteiras e políticos famosos estão nas
páginas policiais no Brasil, o mundo se encontra à beira de uma crise
econômica, com a desvalorização do Rublo (moeda russa), a recusa da Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de segurar a produção e a
entrada em cena do shale gas (xisto) estadunidense. Com isso, o
preço das commodities (matérias-primas) vem caindo e,
consequentemente, o barril de petróleo também. estamos na borda de uma crise
econômica mundial profunda e abrangente. Em 2008, enfrentamos uma situação
comparável a 1929 (a “Grande Depressão”, quando quebrou a Bolsa de Nova York),
mas esta foi somente o anúncio de uma crise econômica. Característica do
sistema capitalista, a crise em si não foi superada, senão “empurrada com a
barriga” pelos bilhões e bilhões de dólares injetados pelos governos no sistema
financeiro para salvar os grandes capitalistas. Isso, à custa do aumento da
exploração de milhões de trabalhadores e do sucateamento da infraestrutura dos
países mais pobres e subdesenvolvidos do planeta. Ou seja, a piora das
condições de vida de bilhões de seres humanos. "
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